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Bolsonaro veta perdão a dívidas de igrejas.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atendeu à recomendação do ministro Paulo Guedes e vetou dispositivo que concedia anistia em tributos a serem pagos por igrejas no país, medida que poderia ter impacto de R$ 1 bilhão.

O veto, que pode ser derrubado pelo Congresso, foi assinado na sexta-feira (11), data-limite para sanção da proposta, e será publicado no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (14).

Com a medida, Bolsonaro atende a Guedes, mas desagrada um dos setores que apoiam seu governo. Nos últimos dias, a bancada evangélica na Câmara vinha pressionando para evitar o veto.

Uma emenda ao projeto de litígios com a União foi apresentada pelo deputado federal David Soares (DEM-SP) e aprovada pela Câmara em julho e, depois, pelo Senado em agosto. Ele é filho de R.R. Soares, pastor fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, uma das principais devedoras.

O texto altera a lei de 1988 que instituiu a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido). O dispositivo vetado retirava templos da lista de pessoas jurídicas sobre as quais incidia a contribuição. Além disso, anulava as autuações que descumprissem a premissa.

A justificativa é que a Constituição dá proteção tributária às igrejas, mas o argumento é contestado. Na visão de membros do Fisco, as igrejas muitas vezes pagam salários a um grande número de pessoas, de empregados a pastores, e classificam os repasses com outros nomes.

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Como muitas vezes as igrejas têm um grande número de empregados, a União deixa de recolher um volume significativo de recursos em Imposto de Renda e contribuições previdenciárias.

Bolsonaro já vinha sinalizando que vetaria a anistia às igrejas. Além da equipe econômica, o setor jurídico do Palácio do Planalto também defendeu que a medida não entrasse em vigor.

O presidente, no entanto, sancionou dispositivo que anula autuações da Receita anteriores a uma lei de 2015 que determinou que os valores pagos, em dinheiro ou como ajuda de custo, a ministros ou membros de ordem religiosa não configuram remuneração direta ou indireta. O artigo sancionado por Bolsonaro anula autuações anteriores a junho de 2015, data de publicação da regra.

Em um primeiro momento, a proposta havia sido rejeitada na Câmara. O deputado Fábio Trad (PSD-MS), relator, afirmou que estava se tentando estabelecer algo que a Constituição não diz. A imunidade constitucional é restrita a impostos, não alcançando as contribuições sociais.

Já sobre o segundo ponto, acerca dos valores recebidos por pastores, Trad considerou a norma desnecessária. Mesmo assim, os trechos foram inseridos no projeto de lei, que foi aprovado na Câmara e seguiu ao Senado.

A indicação do presidente de que vetaria o perdão às igrejas desagradou integrantes da bancada evangélica, que discutiram o assunto com o chefe do Poder Executivo na quarta-feira (9).

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Da equipe econômica, parlamentares evangélicos ouviram que, se o presidente não vetasse o perdão das dívidas, estaria incorrendo em crime de responsabilidade fiscal, o que poderia dar origem a um processo de impeachment.

O grupo ouviu a justificativa com desconfiança e tentou reverter a decisão até o momento em que Bolsonaro assinou o veto, na sexta (11). Ao longo da última semana, deputados fizeram ameaças veladas. Um deles ponderou que o valor da anistia era muito pequeno se comparado ao apoio que Bolsonaro tem da bancada da Bíblia.

Outro parlamentar do segmento disse que o provável veto é um “péssimo sinal” e tratou a questão como traição a um de seus principais grupos de sustentação tanto na campanha como no governo.

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional é composta por 195 dos 513 deputados e por 8 dos 81 senadores.
Conforme já mostrou o jornal Folha de S.Paulo, somente na Receita Federal o total de débitos pendentes de entidades religiosas é de aproximadamente R$ 1 bilhão, de acordo com informação colhida pelos auditores a pedido do Congresso em meados do ano passado.

Na PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), havia na mesma época outros R$ 462 milhões em dívidas registradas.

Fonte: Bandab.

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Sicredi entrega tratores a produtores de Parelheiros e impulsiona a agricultura paulistana

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Em um gesto que simboliza o fortalecimento da agricultura familiar e o compromisso com o desenvolvimento regional, o Sicredi entregou, nesta terça-feira (30), dois tratores a produtores rurais de Parelheiros, no extremo sul da capital paulista. A ação, viabilizada por meio da linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), concretiza a parceria entre a cooperativa e os agricultores locais.
O evento, realizado na Teia, contou com a presença de lideranças do setor público e do cooperativismo, como Jaime Basso, presidente da Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP; o secretário municipal Rodrigo Goulart; o subprefeito Marco Antônio Furchi; Roberta Tena, gerente da ADE Sampa; Luciano Santos, presidente da Associação de Produtores Rurais de Parelheiros e Região (Aprupar); Fernando Colombo, assessor de Relações Institucionais do Sistema Ocesp; além de colaboradores da cooperativa e representantes da comunidade.
Durante a cerimônia, Jaime Basso destacou o papel transformador do cooperativismo. “O Sicredi está aqui como braço financeiro da região, oferecendo acesso facilitado a serviços, tecnologia de ponta e, acima de tudo, atendimento humanizado. Nosso compromisso é entender as necessidades dos associados e oferecer soluções que realmente façam a diferença. Um mundo melhor começa com a valorização do lugar onde vivemos.”
A entrega representa um avanço significativo para os produtores Joaquim Santos e Marcos Teles, que agora contam com equipamentos modernos para ampliar suas atividades. Joaquim, que cultiva plantas ornamentais e orgânicos, também recebe crianças e turistas em visitas educativas. “Sempre sonhamos com isso. Conhecemos o Sicredi, conversamos e tudo deu certo. Estou muito feliz. Imagina a alegria das crianças passeando nesse trator!”, celebra.
Marcos Teles, também produtor de plantas ornamentais e associado há um ano, reforça a agilidade e o apoio da cooperativa. “O processo foi rápido e me ajudou demais. Só tenho a agradecer ao Sicredi pela parceria.”
Além da entrega dos equipamentos, o evento valorizou a economia local. Todos os fornecedores envolvidos na organização foram da própria região, reforçando o compromisso da cooperativa com o desenvolvimento sustentável e a geração de renda no território.
Muito além do crédito
A atuação do Sicredi em Parelheiros vai além do crédito. A cooperativa se consolida como parceira estratégica dos agricultores, oferecendo orientação financeira personalizada, apoio na regularização documental e acompanhamento próximo em todas as etapas. Os associados recebem suporte para acessar programas como o CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) e o DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), fundamentais para inclusão produtiva e acesso a políticas públicas.
O Sicredi também participa ativamente de feiras, rodadas de negócios e outras iniciativas que promovem a agricultura local e fortalecem os vínculos comunitários. Essa presença constante reforça a vocação agrícola de Parelheiros e contribui para práticas sustentáveis, geração de empregos e valorização da cultura rural.
Com ações como essa, a cooperativa reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social das regiões onde atua, mostrando que o cooperativismo é, acima de tudo, uma força que transforma realidades.
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