NOTÍCIAS DO PARANÁ
Ratinho Junior participou da criação de comitê nacional para enfrentamento da pandemia
 
																								
												
												
											O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quarta-feira (24), em Brasília, da reunião com os chefes dos Três Poderes que definiu a criação de um comitê para articular nacionalmente as ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19. O encontro foi convocado pelo presidente Jair Bolsonaro no momento mais duro da pandemia, e teve a presença dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
O comitê deverá se reunir semanalmente para coordenar as ações, decidir e redirecionar o rumo de combate ao novo coronavírus. A articulação com os estados será feita pelo presidente do Senado. O foco primordial da comissão, neste primeiro momento, é ajudar estados e municípios a ampliarem a vacinação da população, além de contribuir com a ampliação de leitos hospitalares e a aquisição de insumos, oxigênio e medicamentos.
Governadores de sete estados acompanharam a reunião – Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas, Amazonas e Rondônia –, além do vice-presidente Hamilton Mourão, do procurador-geral da República, Augusto Aras, ministros e titulares de outras instituições.

“Uma série de estratégias importantes foram discutidas para enfrentar esse novo momento da pandemia, com as novas cepas que são muito mais letais, agressivas e assolam boa parte do Brasil, e o Sul infelizmente está no pico da doença neste momento. Foi uma boa reunião e esperamos que agora, com essa nova organização, o governo federal e pelos demais Poderes possam tomar decisões mais rapidamente”, disse Ratinho Junior.
“A prioridade apresentada pelos governadores é principalmente a vacina. Queremos um cronograma para que possamos vacinar, de domingo a domingo, o máximo de pessoas possível e imunizar a população rapidamente”, explicou o governador. “Também pleiteamos novos leitos de UTIs. Apesar de estarmos ampliando muitos leitos de enfermaria e UTI, também é importante a ajuda do Ministério da Saúde”.
Outra demanda dos Estados, salientou Ratinho Junior, é a reedição da Lei 13.979/20, que venceu em dezembro do ano passado e tratava das compras emergenciais, com a dispensa de licitação, de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública, além da habilitação de novos hospitais para prestar serviço ao Estado.
“O governo federal deve apresentar esse novo texto ao Congresso Nacional para que possamos dar velocidade na contratação de novos parceiros, privados ou filantrópicos que atendam pelo SUS”, acrescentou o governador.
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HARMONIA – O presidente Jair Bolsonaro salientou que o momento é de harmonia e solidariedade para poder minimizar os efeitos da pandemia. “Há um esforço dos Três Poderes para direcionar o enfrentamento sem conflitos ou politização para buscar uma solução para o problema. É o caminho para o Brasil sair dessa”, disse. “A doença ainda é desconhecida e as novas cepas que apareceram tornam tudo mais grave. Nossa preocupação é cada vez maior em dar um atendimento adequado à população”.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou que o papel dos governadores será pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), em uma articulação entre os três níveis de governo (federal, estaduais e municipais) para dar agilidade à campanha de vacinação e atingir uma cobertura ampla que reduza a circulação do vírus.
“Também vamos fortalecer a assistência aos estados e municípios, com protocolos bem definidos pelo Ministério da Saúde que permitam que o SUS dê a resposta que a população precisa para o combate à pandemia. Toda a nação se une para cumprir com dever que temos como poder público para apoiar e respeitar a sociedade civil”, disse Queiroga.
PODERES – Por questões constitucionais, o STF não poderá fazer parte do comitê, mas o ministro Luiz Fux garantiu que a Corte vai adotar uma estratégia para evitar a judicialização de questões relacionadas à pandemia que podem atrasar a tomada de decisões.
Já os chefes do Legislativo destacaram que este momento mais crítico da saúde pública no Brasil exige a responsabilidade e união dos Poderes para a tomada de medidas urgentes para conter a pandemia.
“O Senado vai ouvir as demandas dos governadores e trazer para o comitê. Também vamos buscar parcerias com a iniciativa privada para a ampliação das UTIs, compra de insumos e oxigênio e também para ampliar a política de vacinação”, explicou Pacheco. “É um pacto nacional liderado por quem a sociedade espera que tome à frente politicamente e com a liderança técnica do Ministério da Saúde, com medidas urgentes e contundentes. Os poderes são independentes, mas harmônicos. O momento mais crítico da história recente do Brasil exige essa união”.
O presidente da Câmara afirmou que ainda nesta quarta-feira deve se reunir com os líderes do Congresso para articular projetos que contribuam com ampliação da oferta de leitos, em parceria com a iniciativa privada. “O importante agora é falarmos uma linguagem só, acompanhar diariamente os desdobramentos da pandemia e comunicar melhor, despolitizando esse debate, é um problema de todos nós. A população precisa de toda a assistência e, com a orientação conduzida pelo Ministério da Saúde, tenhamos um rumo e uma comunicação clara”, destacou Arthur Lira.
 
																	
																															 
														NOTÍCIAS DO PARANÁ
Casos e mortes de dengue caem mais de 80% no Paraná em 2025
 
														A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou uma queda de 85% no número de casos confirmados de dengue em 2025, em relação ao mesmo período de 2024. O número de óbitos acompanha a queda de notificações, com 81% a menos que nesse mesmo período. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Sesa divulgado nesta terça-feira (28).
De acordo com o informe, o Paraná teve 90.717 casos confirmados de dengue de janeiro até agora, contra 616.963 no mesmo período em 2024. Os números de 2025 também são menores do que 2020, com 234.841 casos; 2022, com 144.971; e 2023 com 163.847. O ano de 2021 foi o único abaixo de 2025, quando foram registrados 27.142.
O número de óbitos caiu de 733, em 2024, para 139 neste ano. É também menor do que 2020 (193), mas maior do que no mesmo período dos anos de 2021 ,com 28; 2022, com 112 óbitos, e 2023 com 129.
- A tendência de queda de 2025 acontece desde o início do ano. Entre janeiro e julho deste ano, o número de casos confirmados da doença caiu 85,72% em relação ao mesmo período do ano passado – de 613.371 em 2024 para 87.598 neste ano. A redução também foi observada nos óbitos, que passaram de 729 em 2024 para 129 em 2025.
No ano passado, o Brasil teve o recorde histórico de 6,6 milhões de casos confirmados de dengue, além de 6 mil mortes pela doença. O Paraná também sofreu com a dengue e teve seus maiores números com 653 mil casos.
“A redução é parte importante do trabalho que a Sesa tem feito após os recordes históricos de casos que foram registrados em todo Brasil. No Paraná, trabalhamos muito em parceria com os municípios para a conscientização da população, por meio de ações estratégicas e investimento em técnicas de controle”, lembrou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
NORTE E NOROESTE
O boletim de 2025, que compreende os dados até o mês de outubro, mostra que as cidades que formam a 14ª, 15ª e 17ª regionais de saúde (localizadas nas regiões Norte e Noroeste do Paraná) representam mais de 50% do total de casos confirmados de todo o Estado e 64% das mortes.
A 17ª Regional de Saúde de Londrina, que compreende 21 cidades do Norte, tem o maior número de casos confirmados (22.385) e 43 mortes em 2025.
A segunda posição fica com a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí, com 28 municípios, que registrou 12.856 casos e 14 mortes. A 15ª Regional de Saúde de Maringá, com 30 municípios, tem menos casos que Paranavaí (11.161), porém mais mortes (32).
CONTROLE E AÇÕES
Apesar da queda de casos, a Sesa mantém o alerta e define como fundamental continuar enfatizando a importância da manutenção das ações de prevenção e controle vetorial da dengue. As medidas são mantidas mesmo nos períodos de menor propagação, com temperaturas menores e menor volume de chuvas.
As ações de prevenção são sempre executadas com a remoção mecânica de criadouros, monitoramento da infestação vetorial, ações de bloqueio de casos, mobilização e mutirões em localidades de risco.
A Sesa também realizou a capacitação das equipes de controle vetorial para os 399 municípios com o protocolo “Novas Diretrizes para Prevenção e Controle de Arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes, como mosquitos e carrapatos)”, que foram publicadas recentemente pelo Ministério da Saúde.
- O Paraná ainda reforçou a ação da utilização das armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti. Essas armadilhas servem como criadouro para a fêmea do mosquito depositar seus ovos e permite que sejam analisados dados como infestação e definidas estratégias de combate. Atualmente, 170 municípios já iniciaram a implantação.
O Paraná também ganhou recentemente a maior biofábrica do mundo de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados Wolbitos, no Parque Tecnológico da Saúde do Governo do Paraná, em Curitiba. Ela vai ampliar a produção em larga escala de mosquitos utilizados no controle biológico do vetor transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
Agência Estadual de Notícias Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
 
								


 
											 
											 
											 
											 
											 
														 
														 
														 
																											 
														 
																											 
														 
																											 
										 
													